terça-feira, 17 de julho de 2007

Pensamento do dia

A morte é tão triste quanto a vida, mas dura mais.

José Eduardo Agualusa, "As mulheres do meu pai", pág. 304

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Actual: o centralismo estatal

"A tendência centralizadora da politica estatal portuguesa e as resistências que ela provoca manifestam-se por vezes em situações tão dramáticas com as da intolerância inquisitorial ou do totalitarismo pombalino." (José Mattoso, 1986)
Citado por Helder Pacheco no Jornal de Noticias e retirado do blogue http://www.regioes.blogspot.com/

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Lágrimas de crocodilo

Após muitas semanas do escândalo andar nas bocas do mundo, encher páginas da comunicação social e se ter espalhado por todos os cantos da blogosfera, o Primeiro Ministro José Sócrates, subitamente, e na véspera da repreensão pública do Presidente da República, veio chorar baba, ranho e lágrimas de crocodilo pelo acontecido aos dois professores que, em estado terminal, viram negados os seus pedidos de aposentação.
Sabe-se agora, pela voz politicamente inábil da Ministra da Educação, que o Governo já estava a par da situação muito tempo antes do conhecimento público daquelas situações escandalosas.
Realmente esta ministra tem a mesma sensibilidade politica do seu colega da saúde: ambos possuem a delicadeza de elefantes em loja de porcelanas.
E sobre quem recaem as culpas?
Obviamente, os suspeitos são os do costume: o anónimo funcionário administrativo que integra as "Juntas Médicas".
Mas as juntas não são constituídas por 2 médicos (sendo um o Presidente, com voto de qualidade) e 1 administrativo? Então como é que a culpa é do elo mais fraco - o administrativo? Então não tem apenas 1 voto em 3?
É óbvio que a culpa ou é dos médicos que são incompetentes ou do governo que lhes deu ordem para inviabilizarem as aposentações.
E já agora: a Ordem dos Médicos estava a dormir? Só depois de instada a pronunciar-se pela comunicação social é que teve uma palavra a dizer, alinhando mais uma vez pela orientação governamental, dando a entender que a culpa da situação é do tal administrativo e desajeitadamente, e à pressa, propondo como solução a abertura de uma nova competência/especialidade: a Medicina Social e de Seguros, ou ridicularia semelhante!
Para quem já foi ministro do Beato Guterres, o tal das pessoas primeiro, nada mau!